Nietzsche e a Vontade de Poder

"Considero corrupto um animal, uma espécie, um indivíduo, quando perde os seus instintos, quando escolhe e prefere o que lhe é prejudicial. Uma história dos "sentimentos sublimes", dos "ideais da humanidade" - e é possível que eu tenha de a contar - seria quase explicar porque é que o homem está tão corrompido.

Mas a própria vida é para mim o instinto de crescimento, de duração, de acumulação das forças, o instinto do poder; onde falta a vontade de poder, há degenerescência."
-Friedrich Nietzsche, "O Anticristo".


Lembro-me de há quase um ano atrás estar sentada nas escadas da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa a ler isto e ter pensado "Uau, isto faz mesmo muito sentido!". Quase um ano depois e cá estou. A minha vontade de poder levou-me a estudar, levou-me a passar no exame de Português e vai levar-me à próxima etapa: a Licenciatura.

E não me vou deixar corromper, vou perseguir o meu sentimento sublime, pegar no melhor que há mim e jorrá-lo cá para fora em rios de palavras. Vou ser eu, por mim e para mim. Vou crescer.

O Mundo do Papel

A burocracia e o dinheiro aborrecem-me. Ainda mais aborrecida fico se estivermos a falar de burocracia com dinheiro. É uma chatice.

Na sociedade de hoje em dia, só existimos se tivermos papel... dos *dois* tipos. Este facto é curioso, além de, digo e repito, me aborrecer tremendamente.
Claro que compreendo que se não houvesse burocracia muitas coisas seriam substancialmente menos passíveis de serem feitas, e seria tudo demasiado fácil. Fácil não é bom. Se tudo fosse demasiado fácil as coisas não tinham valor, ninguém se esforçava e provavelmente a raça humana já estaria extinta de tanto aborrecimento, da falta de um propósito.
Mas difícil também é uma chatice...

É inseguro. Comprometemo-nos com este e aquele pagamento, não sabemos o dia de amanhã, só temos a esperança de. A corda-bamba da esperança. Também não é à toa que a nossa bandeira de Portugal tem muito mais vermelho que verde; Nos dias de hoje só me parece significar muito sangue e pouca esperança.
Ou muita ferrugem e pouca natureza...

E no emaranhar dos papéis perdemos a cabeça. Tenho de ir buscar este documento, tenho de ir pagar isto e aquilo, mais um documento, mais um comprovativo, um certificado, uma, duas notas azulinhas, e agora lá foi uma castanha, quem me dera ter uma verde só pra mim, não deixem o estado e a sociedade levá-la, quero gastá-la só em mim.
E a cabeça dá sinais de existir, subitamente lembramo-nos que está lá. Porque dói. E lá vai um comprimido, dois, adormece e com ela adormecemos nós.

E acordamos novamente com contas para pagar e papéis para preencher, e lá nos lembramos: Sem papéis, não somos nada...

Sarah Brightman e a Canção do Mar

Hoje deu-me para ouvir Sarah Brightman. É daquelas artistas que por mais tempo que eu passe sem ouvir, acabo sempre por voltar. Adoro. Adoro a voz, adoro o sentimento, adoro a inovação.

Estou neste momento a ouvir o álbum "Harem" (2003), que tem inspirações árabes e... uma versão da "Canção do Mar", da Amália Rodrigues/Dulce Pontes/muitas outras pessoas. Sinceramente não sei muito bem que pensar em relação a esta versão, confunde-me um bocado. É boa, sem dúvida alguma, mas estou tão habituada a ouvi-la cantada pela Dulce Pontes no "Brisa do Coração"...

E se alguma vez se perguntaram como é que soaria a "Canção do Mar" com inspirações árabes e techno... Here's your answer:



Oh Sarah, vem cá cantar!

Writer's Block

Sentada na cadeira a petiscar biscoitos de canela, penso insistentemente no especial que tem de ser o meu primeiro post.

Penso. Ainda agora isto começou e já sofro de writer's block, ou então é só de hoje. Mas porque quero eu fazer este post tão especial, se o todo de um blog vale por si só? E isso só se vê com o passar do tempo, o acumular dos posts.

Insisto mais um bocado, mas ainda é cedo e a imaginação não chega...

Chego à conclusão que o meu primeiro post não tem de ser especial, tem só de ser o primeiro.